domingo, 7 de março de 2010

Novos Espaços Cognitivos a partir de GARCIA, Carlos Marcelo - Universidad de Sevilla

Carlos MARCELO GARCÍA Universidad de Sevilla Revista Interamericana de investigación, educación y pedagogía, Vo. 3, No. 1, pp. 41-66.

"Introducción La formación a través de internet, denominada según los contextos teleformación o elearning va implantándose poco a poco en nuestros sistemas educativos. La figura del docente como un profesional cuya actividad se desarrolla en contacto físico con los estudiantes va dando paso a diferentes y complementarias modalidades formativa (Marcelo, 2002). Y estas modalidades están exigiendo de los docentes un cambio de prácticas, pero también de conocimiento y concepciones acerca de su propio papel como docente, de su propia identidad profesional, de su concepción del tiempo y de la tarea profesional. Nuevos tiempos y nuevas prácticas requieren de los docentes nuevos perfiles.”
O autor traz questionamentos pertinentes às discussões que estabelecemos neste espaço. O contexto educacional abordado pelo autor tem características e estrutura diferentes do nosso, existe uma trajetória de uso das tecnologias na educação mais “amadurecida”, mas as preocupações são as mesmas, o que nos leva a refletir: Independente do tempo de implementação de reformas educacionais que visam a utilização de novas tecnologias nas práticas dos professores, as questões referentes ao espaço escolar e a necessidade da presença física do professor, como condição de efetivação dos processos de ensino-aprendizagem têm gerado inquietação e resistência nas escolas e em seus profissionais.

As questões propostas pelo autor no referido artigo são:

“ Pero ¿Qué ocurre con los docentes que durante dos o tres décadas han venido desarrollando su enseñanza de manera exclusivamente presencial, cuando pasan a convertirse en tutores online ¿Cómo abordan este tránsito? ¿Cuáles son las incertidumbres y los aprendizajes que se producen en el docente como consecuencia de este proceso?"
Não é de se estranhar os primeiros dados coletados na  nossa pesquisa, dados estes parciais ( a pesquisa continua até 06/2010).



2010 - Novo ano letivo - TECNOLOGIA novamente SOLUÇÃO

Na busca de um processo de Ensino-Aprendizagem que tem por fim a formação multilateral da personalidade do homem:



São discutidos os processos de como os estudantes aprendem e como o processo de ensinar pode conduzir à aprendizagem. Historicamente o ensino inicia centrado no papel do professor, primeiro como transmissor de conhecimento, até as concepções atuais que concebem o processo de ensino-aprendizagem com um todo integrado que destaca o papel do educando, considerando aqui a integração do cognitivo e do afetivo.
Nestas discussões a tecnologia tem sido apontada como solução. Ao instrumentalizar as escolas e abrir cursos de formação a seus docentes o Estado acena com a solução para que os processos de ensino-aprendizagem tornem-se eficazes e,  a escola atrativa aos estudantes objetivando o aumentando dos índices de aprovação e a diminuindo dos índices de evasão que tem sido apontados nas avaliações nacionais sobre a educação.
Estamos iniciando o ano letivo de 2010 e, novamente as mesmas inquietações vem a cena: Nos meios de comunicação as inconformidades com o ensino e o atendimento nas escolas, principalmente públicas, são diárias; Inaugurações de novas escolas, divulgação de equipamentos e tecnologia distribuídos na Rede Pública, tentam aplacar estas questões.
No entanto:  Continuamos  com os mesmos modelos metodológicos, não aparecem espaços de discussão objetiva da mudança das práticas educativas  que apontem caminhos e viabilizem a construção coletiva.



 NESTE SENTIDO,  COMPARTILHO:



  • Tecnologia e Metodologia? sempre apontadas como solução.





  • Na busca por Soluções, Revendo Processos e Prioridades:






INFERINDO  A PARTIR DOS VÍDEOS

Aprender fazendo, tentativa/erro/novo resultado, colocando a emoção no processo e trabalhando em grupo de forma colaborativa criamos com apropriação do conhecimento!

quarta-feira, 13 de janeiro de 2010

Pensando Novos Ambientes de Aprendizagem

Escrevendo sobre os resultado parciais da pesquisa proposta neste blog - Mely Cimadevila

Resumo

As novas experiências que, em Educação, enfatizam a utilização de tecnologias ligadas à comunicação, atendem às tendências do mundo contemporâneo, no que diz respeito à necessidade de fazer uso de vários meios para propagação de conhecimento,  determinando como, quando, onde e quanto se  deseja aprender.
Para tanto, torna-se necessário a  criação de ambientes que permitam uma flexibilização dos processos, que incentivem o trabalho colaborativo e aberto, orientados para a  exploração do conhecimento de acordo com o ritmo individual e as necessidades do indivíduo.
É importante mantermos presente que alunos são indivíduos diferentes entre si, que não
aprendem todos em igual medida, qualitativa e quantitativamente. Ou seja, é preciso reconhecer que não há total homogeneidade em um grupo de educandos. Ritmos de aprendizagem diferentes, estilos cognitivos variados, experiências de vida distintas, conhecimentos diversos convivem em uma mesma comunidade educacional, de forma que para respeitar a individualidade de cada aluno e, ao mesmo tempo, levar todos a experimentarem o processo educacional com prazer, uma das premissas é repensar nossos modelos de atuação docente. Lembrando Freire (1993 e 2002), o professor tem que ser educador e a educação deve transformar as pessoas e o mundo. A ação do professor muda porque ele deixa de ser o centro do processo e passa a dividir também a aprendizagem com o aluno: ambos aprendem juntos.
De forma a apontar o entendimento do professor do Rio Grande do Sul, principalmente da Rede Pública Estadual, sobre a apropriação das tecnologias no seu fazer docente e sobre a possibilidade de ampliação dos espaços de desenvolvimento cognitivo discutindo a necessidade da participação física do docente,   no ambiente de aprendizagem, foi realizada uma pesquisa por e-mail com 20 professores da Rede de Porto Alegre, RS. Simultaneamente , foi criado um  espaço de discussão da pesquisa on line,  o espaço, um blog denominado de SalaDeAulaTudo, http://saladeaulatudo.blogspot.com/2009/11/pesquisa-on-line.html, abre para discussão sobre a utilização das novas tecnologias na educação e as possibilidades que trazem para a criação de novos espaços de aprendizagem. Neste espaço são postadas colocações a cerca do tema de discussão: Novo Ambiente Cognitivo. Este artigo se propõe discutir as questões propostas na pesquisa ,  a partir dos resultados obtidos.



Introdução
A educação, como se observa no momento atual, está sofrendo inúmeras mudanças decorrentes da reorganização econômica mundial. Desta forma, paradigmas educacionais estão se transformando e sendo reconstruídos numa nova visão, num novo ambiente cognitivo que está se estruturando. Porém é relevante mencionar que estas modificações nem sempre beneficiam a todos, porque estão vinculadas à postura de quem está estruturando a proposta educacional - instituições, professores, comunidade. Dentro desse novo panorama, importante, sem sombra de dúvida, é a questão da prática educativa, da postura do professor, do seu posicionamento frente à tecnologia digital em uso na educação. Essas são questões que determinam a eficácia do processo de construção do conhecimento. Processo este em que a interação entre sujeito e objeto se constitui de forma dialética, assim sendo, o ensinante é também o aprendente.
“A aprendizagem supõe pelo menos dois componentes interligados: o primeiro, é o esforço reconstrutivo pessoal do aluno; o segundo, é uma ambiência humana favorável, onde se destaca o papel maiêutico do professor”.(DEMO, P., p.167).
O aprendiz é quem irá desenvolver seu processo de aprendizagem, mas este não é somente individual, e sim, social, o que leva a reforçar a importância da figura do professor, como mediador, para que ocorra a aprendizagem.
Torna-se vital discutir as tecnologias digitais como um fato inevitável da vida moderna. As mudanças nos modos de aprender e ensinar advindos da revolução tecnológica e do acesso rápido e irrestrito à informação trazem à discussão um novo professor que vem sendo confrontado no seu processo de mediação do processo de educar, sendo colocado como alguém preparado para dialogar com as novas tecnologias reinventando o espaço de aprendizagem. A chamada sociedade do conhecimento,  dispõem de recursos que vão além do giz, das transparências e do livro didático, e o professor que não domina esses recursos é chamado de ultrapassado. A nossa contemporaneidade enfrenta grande dificuldade para assumir um lugar d saber. As mudanças trazidas pela virtualidade advinda da tecnologia  vem mudando a escola , resignificando  os espaços escolares fazendo emergir Novos Ambientes Cognitivos.
Neste artigo nos propomos  levantar alguns temas que consideramos pertinentes na discussão sobre as transformações contemporâneas, a partir da implementação das Novas  Tecnologias, principalmente digitais, e que nos impõem a necessidade de redimensionar conceitos, entre eles o de transformação do conhecimento e, o do espaço onde esta transformação ocorre. O processo educativo se apresenta como aspecto central nesse redimensionamento. É nossa convicção que, por meio de características especiais de interação e simulação, os indivíduos podem adquirir conhecimento, e não apenas informação, num ambiente virtual , que vamos considerar como Novo Ambiente Cognitivo.
Desafio
 Trabalhar o Novo Ambiente cognitivo de modo à  envolver o aluno  re-significando o espaço escolar como transformador do contexto social e construtor de conhecimento.


Palavra-chave: apropriação tecnológica, novo ambiente cognitivo

 Apropriação  tecnológica
A apropriação consciente das novas tecnologias na prática de ensino é a atitude  mais adequada à  uma sociedade que sofre um acelerado processo de mudanças decorridas principalmente dos avanços tecnológicos e o que isso pode provocar em termos de transformação social e dos próprios processos de cognição e percepção torna-se objeto de preocupação de várias áreas do conhecimento.
Essa  apropriação das novas tecnologias na prática de ensino deve ocorrer de forma consciente, revendo o papel do professor, redimensionando a prática pedagógica, explorando suas potencialidades de maneira criativa para que  consiga construir um conhecimento significativo para a vida dos envolvidos.
Isso significa que não basta introduzir tecnologia, pois esta por si só não se constitui em uma revolução metodológica, é imprescindível pensar em como ela é apropriada e explorada pela prática docente, a saber o quanto seu uso pode efetivamente contribuir para a uma proposta pedagógica eficiente, consciente e criativa, voltada para a universalidade do conhecimento  construído de forma colaborativa, afastada de uma idéia de modernização meramente instrumental.

“No entanto, o fato de mudar o meio em que a educação e a
comunicação entre alunos e professores se realizam traz mudanças ao ensino e à aprendizagem que precisam ser compreendidas ao tempo em que se analisam as potencialidades e limitações das tecnologias e linguagens empregadas para a mediação pedagógica e a aprendizagem dos alunos.” (ALMEIDA, 2003, p. 329)

Essa forma de pensar a tecnologia  remete a práticas pedagógicas  que partem do princípio de que o desenvolvimento da inteligência é determinado pelas ações mútuas entre o indivíduo e o meio: ele responde aos estímulos externos agindo sobre eles para construir e organizar, de maneira cada vez mais elaborada, o seu próprio conhecimento. Ampliando, Vygotsky  trabalha com o meio cultural e com as relações com os indivíduos no desenvolvimento do ser humano, utilizando a idéia de reconstrução e reelaboração individual dos significados , lançando-se  na discussão sobre as dinâmicas do meio e da cultura nas quais estão inseridos os indivíduos, que se apresentam, em cada situação de interação com o mundo social, de maneira particular, reinterpretando e ressignificando o material que obtêm do mundo. O ponto central das pesquisas de Vygotsky repousa no reconhecimento de que a interação social possui um papel fundamental no desenvolvimento cognitivo.
As contribuições das idéias de Vygotsky  podem ser relacionadas ao processo de construção de conhecimento com a utilização de novas tecnologias, principalmente digitais,  que abrem novos espaços de aprendizagem, com  um o meio chamado ciberespaço, no qual observamos que o processo passa a ser coletivo e colaborativo, principalmente, ampliando as relações não só com o conhecimento como sociais.
Nesse caso, estamos considerando as interações sociais também em termos virtuais,
onde  os espaços construídos caracterizam-se por níveis de simulação cada vez maiores, por  meio dos quais os aprendizes podem formular e testar suas hipóteses para obter conclusões, além de ampliar as relações sociais abrindo a possibilidade, real, de inclusão.

“O primeiro passo é procurar de todas as formas tornar  viável o acesso freqüente e personalizado de professores e alunos às novas tecnologias...”(MORAN, 2004, p.44)
O ambiente de simulações ao qual nos referimos é aquele em que o uso do computador favorece testes, pesquisas, construções e remodelagens do pensamento, propiciando aos estudantes a articulação de teorias, experimentação , dessa forma ampliando seus conhecimentos, possibilitando a este indivíduo partilhar conhecimento construído com outros indivíduos.

Adequação das práticas aos espaços


 Com relação à prática pedagógica, por mais que a educação se transforme com o emprego de novas metodologias e tecnologias, o professor, através da sua postura e do seu conhecimento, é quem efetiva a utilização desse aparato tecnológico e científico. Dessa forma, redimensiona o seu papel, deixando de ser o transmissor de conhecimento para ser o estimulador.
 “O professor se transforma agora no estimulador da curiosidade do aluno por querer conhecer, por pesquisar, por buscar a informação mais relevante”.(Moran, 1995).

Ao estruturar sua proposta pedagógica, utilizando tecnologia digital, o professor precisa estabelecer vínculos com os alunos, conhecer seus interesses, saber o que o aluno já sabe, o que o aluno não sabe e o que ele gostaria de saber e dispor-se como aprendente também destes novos espaços de aprendizagem que se abrem com a implementação, principalmente da tecnologia digital que permite a interatividade instantânea com uma variedade de situações e contextos locais, nacionais ou globais.
As relações de comunicação sofreram  grandes alterações com o advento e expansão da mídia interativa. A interação é o elemento chave do ambiente virtual. Estamos aqui considerando este ambiente virtual como sendo criado pela internet, seguindo a orientação de Lévy (1999: 92-93):

“Eu defino o ciberespaço como o espaço de comunicação aberto pela interconexão mundial dos computadores e das memórias dos computadores. Essa definição inclui o conjunto dos sistemas de comunicação eletrônicos (aí incluídos os conjuntos de redes hertzianas e telefônicas clássicas), na medida em que transmitem informações provenientes de fontes digitais ou destinadas à digitalização. Insisto na codificação digital, pois ela condiciona o caráter plástico, fluido, calculável com precisão e tratável em tempo real, hipertextual,,  interativo e, resumindo, virtual da informação que é, parece-me, a marca distintiva do Ciberespaço.”

As Novas Tecnologias, principalmente digitais possibilitam uma diversidade grande de ferramentas a disposição dos professores para facilitar a interação no ambiente virtual. Algumas das ferramentas mais conhecidas são:

- Videoconferência: a videoconferência possibilita o encontro de várias pessoas, localizadas em espaços diferentes. Através da videoconferência as pessoas podem trocar áudio, vídeo, trabalhar juntas através dos recursos de compartilhamento e construir esquemas ou gráficos no quadro de comunicação.

- Chat ou bate-papo: funciona como uma técnica de brain storm, momento em que todos os participantes interagem sincronicamente, expressando suas idéias de forma livre. Permite conhecer as manifestações expontâneas dos participantes sobre determinado tema, possibilita uma discussão mais profunda e motiva o grupo para um assunto. Esta técnica acontece numa velocidade surpreendente, podendo haver a manifestação simultânea de todos, o que requer um acompanhamento do professor orientando a atividade e também tomando cuidado para não entrar a todo o momento nas manifestações.

-Listas de discussão: cria online grupos de pessoas que debatem sobre um assunto que tenham interesse. O objetivo da lista é avançar os conhecimentos, as informações e experiências, para trabalhar as idéias iniciais. As listas de discussão exigem um tempo maior para o preparo dos textos a serem colocados na lista. Trata-se de uma reflexão contínua, de um debate fundamentado de idéias. Não se fecha o assunto, e como funciona não necessariamente online simultaneamente, exige tempo para ser realizada. As listas são criadas utilizando-se o correio eletrônico.

- Correio eletrônico – e-mail: este recurso permite a interação aluno/professor - aluno/aluno, sustentando a continuidade do processo de aprendizagem através do atendimento a um pedido de orientação, ou o professor pode se comunicar com todos os seus alunos (ou com algum em particular) durante o espaço entre uma aula e outra. Coloca os alunos em contato direto, favorecendo a troca de materiais, a produção de textos em conjunto, agilizando a comunicação.

- Internet: é um recurso dinâmico, atraente, atualizado, de fácil acesso, que permite a transmissão de som e imagem em tempo real. Além das facilidades interativas, através da Internet, tem-se acesso ao conhecimento de ponta, bem como o acesso a bibliotecas do mundo todo. Com a Intenet, aprende-se a ler, buscar informações, pesquisar, comparar dados...

- Softwares educacionais: estes recursos disponibilizam informações e orientações de trabalho para os usuários mais facilmente, pois se apresentam de forma integrada. Devem funcionar como incentivadores e interativos das atividades de aprendizagem.

A utilização destas ou de mais ferramentas  e,   metodologias, sem uma proposta coerente, não garante a eficácia na construção do conhecimento. O professor estará apenas reproduzindo os modelos tradicionais.

"Os alunos captam se o professor gosta de ensinar e principalmente se gosta deles e isso facilita a sua prontidão para aprender”.(Moran, 2000).

 O avanço tecnológico consiste na relação estabelecida entre o professor e o uso da ferramenta.
Os professores, muitas vezes, procuram acompanhar as mudanças pedagógicas que vêm ocorrendo. Porém, não conseguem exercer o seu papel no processo educativo. É imprescindível a reconstrução desse papel de reprodutor para transformador. O professor, assim, como mediador, facilitador do processo de aprendizagem, fazendo uso das ferramentas eletrônicas é quem irá desenvolver em sua prática pedagógica as novas tecnologias de ensino utilizando as tecnologias digitais. Através dessa proposta, o aluno construirá estruturas mentais que darão suporte para o uso da ferramenta tecnologia em qualquer situação. Porém, observa-se hoje um professor mobilizado por falsos paradigmas com relação à tecnologia e ao seu uso, tanto na sua prática quanto na sua vida cotidiana. A medida em que,  o professor redimensionar a relação da tecnologia com a apropriação do seu conhecimento, será possível a reconstrução de um novo paradigma. Pensando no aluno, o professor estrutura uma proposta tecnologicamente avançada, pois a “... construção da autonomia da aprendizagem do aluno também se faz nessa nova relação, quando o aluno aprende sobre o seu aprender”.(Setzer, V., 2000) Ensinar com a Internet será uma revolução, se mudarmos simultaneamente os paradigmas do ensino. Caso contrário servirá somente como um verniz, um paliativo ou uma jogada de marketing para dizer que o nosso ensino é moderno e cobrar preços mais caros nas já salgadas mensalidade. (MORAN, 2008. p.8).

Ambiente interativo  de aprendizagem

A busca da resignificação do espaço escolar com o advento da implementação das novas tecnologias como instrumental dos processos de ensino-aprendizagem, traz inserida a discussão sobre ambientes interativos de aprendizagem  o que nos leva a refletir acerca das teorias da aprendizagem. Conforme definição de Cacique (2000:01-02):

“As teorias de aprendizagem buscam conhecer a dinâmica envolvida nos atos de ensinar e aprender partindo dos conhecimentos preexistentes e o novo conhecimento (...) As teorias de aprendizagem possuem fundamentação psicológica a apresentam várias visões sobre a aprendizagem donde algumas tentam explicar como ocorre a aprendizagem de forma cooperativa, que está relacionada a métodos institucionais que tentam promover aprendizagem através de esforços colaborativos entre  estudantes que trabalham com a mesma tarefa. Estas teorias, porém, têm em comum o fato de assumirem que a aprendizagem se define como um processo de construção de relações, em que o aprendiz como ser ativo, na interação com o mundo, é o responsável pela direção e significado do trabalho. Este processo se estrutura, então, em virtude do fazer e do refletir sobre o fazer.

Como podemos perceber, a definição de aprendizagem nos indica a necessidade de colaboração, de relacionamento, enfim, de interação, bem como a utilização de ferramentas cognitivas, também chamadas de ferramentas de aprendizagem que, no nosso caso, podem ser construídas no ambiente interativo. vejamos a seguinte definição, relativa a um ambiente interativo de aprendizagem:

 “Um ambiente interativo de  aprendizagem deve proporcionar ao aprendiz uma relação conteúdo x prática de forma coerente e direta, induzindo-o a novas descobertas, tornando-o capaz de elaborar novas estratégias para desenvolver um ponto crítico sobre as informações, as técnicas, experiências e contexto ao qual ele é envolvido” (TAVARES, 2000:02).

Assim, para definir um ambiente interativo de aprendizagem, devemos estruturá-lo em função do sujeito-aprendiz, considerando suas necessidades e observando o conteúdo da aprendizagem, uma vez que é em função dele que se desenvolve o processo, como também é para ele que devemos escolher uma ferramenta de aprendizagem, principalmente quando sabemos que os indivíduos possuem diferentes maneiras de expressar sua inteligência.
Existem diversos ambientes interativos para aprendizagem, tais como os proporcionados pelo uso da televisão ou do videogame. No entanto, estamos enfocando o ambiente relativo ao uso de computadores e, mais especificamente, o que é estabelecido pelo uso de redes de computadores, no caso, o próprio ciberespaço. Nesse sentido, vislumbramos o uso de computadores não somente como meros transmissores de informações previamente selecionadas pelos professores, mas também como ferramenta auxiliar de aprendizagem do aluno na construção do próprio conhecimento. Para escolhermos uma ferramenta de aprendizagem, devemos considerar que o processo de interação do homem é mediado tanto por estruturas cognitivas natas – percepção, modelos mentais, convicções – quanto por estruturas externas, que são os instrumentos criados pela cultura, como a tecnologia – uso do computador, por exemplo –, que tem a função de estabelecer a mediação.
Quanto a esta escolha, sabemos que as ferramentas cognitivas referenciadas por Vygotsky e aqui mencionadas, ajudam os aprendizes a organizar, reestruturar e representar o que eles sabem, bem como ativam  estratégias de aprendizagem cognitivas complexas e pensamento crítico. Essas ferramentas têm o potencial para reorganizar o funcionamento mental. Podemos perceber que, com o uso de ferramentas de aprendizagem, os aprendizes se ocupam da construção de conhecimento em lugar de reproduzi-lo, ocorre a sua transformação em conhecimento, a uma concepção de habilidade para resgatar informações em imensos bancos de dados e usá-las na resolução de problemas. Elementos fundamentais para a construção cognitiva, como a intuição e a descoberta, passam a ser considerados de vital importância para o processo de aprendizagem, caracterizando assim esses espaços como Novos Espaços Cognitivos.
Consideramos, portanto o Ciberespaço como meio para a interação social, ainda que virtual, que propicia a construção de conhecimentos por meio de simulações, suportadas pela navegação, numa rede de comunicação virtual. A cada simulação, executada com o auxílio do computador como ferramenta, o aprendiz está desenvolvendo ou construindo uma capacidade cognitiva. Ao interagir com a máquina nesse processo e compartilhar posteriormente sua descoberta com outras pessoas, utilizando a Internet.
o ciberespaço pode e deve ser considerado um ambiente de veiculação de informações e de construção de conhecimentos, bem como um exemplo de interação social para uma nova abordagem cognitiva.

Metodologia Utilizada na pesquisa

A pesquisa foi realizada no período de  29 de novembro de 2009  a 29 de dezembro de 2009, tendo sido enviada por e-mail  a 11 professores da Rede de Ensino Privado de Porto Alegre e a 9 professores da Rede de Ensino Público Estadual do Rio Grande do Sul que atuam em Porto Alegre e, em cujas escolas existe tecnologia, no mínimo,TV e vídeo.

Problemas da pesquisa:

  • A tecnologia modifica a educação?
  • O corpo presente do professor na sala de aula é garantia de algo, no processo de ensino-aprendizagem?

A amostra foi escolhida tendo como critério: professor da rede social da pesquisadora com parceria de trabalho atual ou recente, de até 3 anos. O total da amostra foi de 20 professores.
 A pesquisa foi enviada no corpo do e-mail à lista de professores escolhidos  e, no mesmo e-mail, foi divulgado o blog, espaço aberto para discussão das idéias principais  da pesquisa:
A necessidade da presença física do professor para a efetivação da aprendizagem e a utilização das tecnologias pelo professor.



Observação

·         Salientamos que apenas em uma das escolas onde os professores da rede pública exercem a docência não existem computadores disponíveis à todos os alunos,  por  restrição da situação do alunado, alunos da FASE, Vila Cruzeiro.


Dos Dados Obtidos

·         Dos 20 professores pesquisados, apenas 3 colocaram postagens com comentários no blog;
·         Dos 20 professores pesquisados, 1 não respondeu as questões no formato enviado fazendo um texto com a sua opinião e as razões de não utilizar as tecnologias disponíveis na sua escola.
·         1  professor da Rede Privada de Ensino e dois da Rede Pública citaram o celular como alternativa tecnológica na sala de aula. Salientamos que todos tem menos do que 40 anos.
·         Salientamos que o período pesquisado coincide com o término do ano letivo em ambas as Redes de Ensino, o que foi colocado pelos participantes como dificuldade para uma participação mais efetiva.

Da Continuidade da Pesquisa

Será proposta uma nova pesquisa no período de 23 de fevereiro de 2010 a 30 de março de 2010 referente à inclusão das tecnologias no planejamento dos professores. Serão convidados a participar os 20 professores que participaram desta pesquisa e os professores da amostra  da pesquisa de mestrado da pesquisadora. O blog continuará sendo atualizado e todos os envolvidos convidados a participar.

Considerações finais

O processo de apropriação social do conhecimento está tomando novas dimensões no contexto da Sociedade da Informação, pelas possibilidades e oportunidades que se abrem através do uso das tecnologias de informação e comunicação. Estas novas tecnologias e os espaços por elas gerados facilitam não só à difusão do conhecimento, como também criam novas modalidades de participação tanto da comunidade científica nacional como de setores amplos da população, na análise e discussão de temas de interesse  regional, nacional  ou global. É um poderoso meio não só de intercambio de informação, como também para gerar redes de conhecimento e de aprendizagem nas escolas, foco principal deste artigo. As duas dimensões de interação inter-pessoal, a pessoal em tempo real e a eletrônica no ciberespaço, são complementares. A possibilidade de utilização da internet e dos novos espaços de participação que as tecnologias da informação proporcionam, abrem a possibilidade de processos participativos mais dinâmicos e extensos que propiciam a inclusão de indivíduos no âmbito local e global. Bem utilizadas, estas tecnologias facilitam processos de apropriação social do conhecimento, da aprendizagem social e da criação do público, características essenciais das sociedades do conhecimento.
Atualmente na congruência de demandas criadas a partir da evolução tecnológica e de sua acessibilidade viabilizada nas escolas, onde o professor se vê empurrado à sua utilização, tanto pela evolução natural dos recursos, como pela urgência de gestores, alunos e comunidades, torna-se primordial  a discussão das formas e projetos que dêem  conta  da acessibilidade a estas novas tecnologias à sociedade como um todo, mas principalmente aos docentes e aos discentes,  indivíduos em formação e, que terão que inserir-se em um mercado de trabalho cada vez mais competitivo. Não podemos, no entanto,  furtar-nos à uma discussão mais ampla, sobre  as fragilidades de todos à  implantação e utilização destas tecnologias, seja nas escolas como nas demais atividades do todo que envolve a sociedade  na contemporâniedade.
A pesquisa se propunha ,  no processo de idealização, ir apontando as situações e fatos que indicassem  as mudanças nas formas de ensinar e aprender na rede estadual, pública principalmente, se estas estavam ocorrendo ou não ,  se apenas  ocorria instrumentalização da rede com novos equipamentos e se o professor viabilizava a aprendizagem sem a sua presença física. No entanto, ficou o desafio de persistir na pesquisa por um período maior validando possíveis resultados e, não encerrá-la como feed back  da  transformação do acesso tecnológico na apropriação discutida do material e  do ambiente escolar nos processos de ensino-aprendizagem.
Esse entretecer de meios de informação, blog-e-mail-blog,  foi projetado para fortalecer  a efetivação da pesquisa, fomentar o processo e alimentar  o espaço proposto à discussão, nos propomos a persistir na proposta até o final do 1º semestre letivo de 2010, atualizando o blog e ampliando alista de professores convidados a participar por e-mail da pesquisa

Na Busca dos resultados

Em breve estaremos divulgando






sábado, 12 de dezembro de 2009

A Profissão de Professor - Retrato Histórico


 Antes de divulgar os dados preliminares da pesquisa on line que venho fazendo e que está postada neste blog, senti a necessidade de postar um breve recorte histórico sobre o  surgimento do professor enquanto profissional da Educação. A fomatação deste profissional em um contexto histórico e social é determinante para a análise dos resultados da pesquisa.


Recorte Histórico


Desde a Grécia antiga, a figura do professor já estava posta como uma necessidade. Ao professor cabia a responsabilidade de ajudar os jovens cidadãos gregos livres a compreenderem o mundo e a argumentarem, de forma a se emanciparem pelo conhecimento. A escola era o lugar do ócio, da argumentação e estava destinada apenas  à elite. Sócrates, traz como modelo da arte de ensinar uma íntima correlação com a arte de persuadir. O papel do professor era seduzir pelo conhecimento as mentes dos jovens.
Para Gauthier (1999), na atualidade o professor continua tendo a tarefa de seduzir seus alunos ou, mais do que isso, persuadí-los: “[...] persuadir é influenciar por meio da palavra e do gesto, é seduzir a mente e o coração ao mesmo tempo. Nesse sentido, o trabalho docente é um verdadeiro trabalho emocional.” (GAUTHIER, 1999, p. 19-20).
Com as mudanças da Idade Média, segundo Saviani  (2006), o acesso à escola continuava sendo restrito à elite da sociedade. Além do trabalho das artes da educação, o professor assume seu trabalho incorporando o valor de sacerdócio. A tarefa de professar uma fé atrelada à de professar uma verdade única passa a ser responsabilidade do professor. Dessa maneira, ensinar uma doutrina era o indispensável na ação docente. Essa transformação da profissão confirma-se  com a Igreja Católica e seu propósito de expandir crenças e dogmas entre a população. São cultuadas e apontadas como características do docente a aceitação, a paciência, mas impor limites, de correção e disciplinamento do corpo também.  Garcia (2001), informa sobre o aparecimento, na universidade medieval, da avaliação como rito de passagem do aluno, para que pudesse progredir nos estudos. O papel do professor adquiria a partir disto, contornos de poder, quanto à capacidade de julgar, avaliar e excluir aqueles que não manifestassem a obediência necessária para o estudo. o sentido forte da profissão docente como vocação e que passa a ser considerada condição essencial para o exercício da docência. A docência adquiriu contornos de profissão com o advento da modernidade. A revolução industrial e, a inserção do trabalho nas fábricas  redesenhou o perfil desse docente. O desempenho das fábricas torna-se  referência para o funcionamento das escolas. Nesse sentido, Saviani (2006), afirma que a produção capitalista dita normas de relacionamento e traz a universalização do ensino. A normatização se insere no contexto escolar para “promover um ambiente propício ao estudo” uma educação para o disciplinamento e com um currículo mínimo capaz de garantir a formação de um trabalhador com as elementares noções de leitura e de escrita e a matemática prática elementar. E uma outra escola , destinada à formação da elite dominante. Os homens passam a ocupar os postos de trabalho e, cabe a mulher assumir a profissão. As mulheres da alta sociedade, quase em doação, exercem a função. Posteriormente, as mulheres das classes sociais mais baixas  buscam essa função como forma de  ascender socialmente.
Muda a ênfase na educação,  sai da aprendizagem e recai nas avaliações e pontuações de resultados,  perdendo a dimensão de conceber o aluno como sujeito ativo do saber. O processo fica, assim, subsumido aos resultados. A docência cada vez mais assume contornos de profissão com  a questão sindical tomando força ,  a profissão docente passa a ser questionada e julgada por suas ações sob a ótica da singularidade e não da complexidade de relações presentes no tecido de seu trabalho. Na década de 1980, no Brasil, a profissão docente foi marcada por uma consciência de classe trabalhadora, os professores tiveram um ápice de  trajetória de identidade de categoria construída com lutas e movimentos para reconhecimento da profissão. Não há como desvincular a escola do âmbito maior da sociedade capitalista e ao posterior enfraquecimento dos sindicatos. De acordo com Nóvoa:
“[...] os sindicatos deixaram de ser forças utópicas, dinamizadas pela idéia de um futuro diferente; as incertezas e as crises econômicas mobilizam mais os aparelhos do que os projetos de sociedade.” (NÓVOA, 1999, p.30).
Isso levou as escolas e os docentes a se recolherem, voltando-se para os seus problemas cotidianos. E o professor ficou numa posição de isolamento diante da realidade de seus alunos e,  de sua profissão.Dessa forma, o próprio professor também
 [...] tende a se culpar desde seus primeiros enfretamentos com a realidade cotidiana do magistério, porque em muito pouco tempo descobre que sua personalidade tem muitas limitações que não se encaixam no modelo de “professor ideal”, com o qual se identificou durante o período de formação inicial. (ESTEVE, 1999, p.50).
Neste contexto de construção profissional onde a culpabilidade e a responsabilização pelos fracassos dos projetos educacionais recaem no professor é que, outra vez, se inserem "novas necessidades" de mudanças na educação. O professor aparecerá  novamente no papel  de depositário de possibilidades de sucesso e de fracasso. A questão que se apresenta  agora, para além das responsabilizações nos processos de transformação seja do profissional professor, como da própia  Educação, é:   Quem é esse novo profissional da educação?

quarta-feira, 2 de dezembro de 2009

Falando em apropriação

A apropriação consciente das novas tecnologias na prática de ensino é a atitude mais adequada à uma sociedade que sofre um acelerado processo de mudanças decorridas principalmente do avanço tecnológico e o que isso pode provocar em termos de transformação social e dos próprios processos de cognição e percepção torna-se objeto de preocupação de várias áreas do conhecimento.
Essa apropriação das novas tecnologias na prática de ensino deve ocorrer de forma consciente, revendo o papel do professor, redimensionando a prática pedagógica, explorando suas potencialidades de maneira criativa para que consiga construir um conhecimento significativo para a vida dos envolvidos.
Isso significa que não basta introduzir tecnologia, pois esta por si só não se constitui em uma revolução metodológica, é imprescindível pensar em como ela é apropriada e explorada pela prática docente, e saber o quanto seu uso pode efetivamente contribuir para uma proposta pedagógica eficiente, consciente e criativa, voltada para a universalidade do conhecimento construído de forma colaborativa, afastada de uma idéia de modernização meramente instrumental.

“No entanto, o fato de mudar o meio em que a educação e a comunicação entre alunos e professores se realizam traz mudanças ao ensino e à aprendizagem que precisam ser compreendidas ao tempo em que se analisam as potencialidades e limitações das tecnologias e linguagens empregadas para a mediação pedagógica e a aprendizagem dos alunos.” (ALMEIDA, 2003, p. 329)


segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Pesquisa on line

Este blog faz parte da pesquisa que realizo no Programa de Inclusão Social e Acessibilidade da Feevale que tem como tema de pesquisa: O novo profissional da educação do Estado do Rio Grande do Sul e as Novas Tecnologias e como problema: Quem é o novo profissional da educação da Rede Pública do Estado do Rio Grande do Sul e qual a sua apropriação tecnológica, no exercício da docência?
Estou diponibilizando a pesquisa que enviei por e-mail à lista de professores que tenho das vivências escolares de 17 anos de docência em Porto Alegre como professora de química.
A resposta as questões pode ser enviada ao e-mail: saladeaulatudo@gmail.com,  e os comentários postados neste blog.

Pesquisa:


Idade?

( )menos de 30

( ) entre 30 e 50

( )mais de 50

Sexo?

( )M

( ) F

Local onde reside?

( ) Porto Alegre

( ) outra cidade do RS

( )outra cidade do Brasil

Tem licenciatura?

( ) Sim

( ) não

Tem outra atividade profissional?

( )Sim

( )Não

É Professor da:

( ) Rede Pública municipal

( ) Rede Pública estadual

( ) Rede Particular

Dados sobre a tecnologia:

Você utiliza tecnologia como recurso nas suas aulas?

( ) Sim

( )não

A tecnologia transformou a sua sala de aula?

( )sim

( ) não

Foi positiva a mudança?

( )Sim

( )não

Que tecnologia você utiliza?

( )celular

( ) computador

( )Data show

( )TV

( ) vídeo

( )Rádio Escola


Dado sobre um novo ambiente cognitivo:

A presença física do professor é condição necessária para ocorrência da aprendizagem, com ou sem tecnologia ? Justifique no blog

( ) Sim

( )Não


Att,

Mely Cimadevila

sábado, 28 de novembro de 2009

Ampliando o espaço escolar- Novos Ambientes Cognitivos

"A revolução da tecnologia da informação e a reestruturação do capitalismo introduziram uma nova forma de sociedade, a sociedade em rede.(Castells,1999)"
A Educação e a Escola  encontram-se empregnadas de tecnologias: as tecnologias são uma realidade no nosso cotidiano e no cotidiano de alunos, professores e funcionários das escolas. A Escola  inserida  neste contexto necessita resignificar espaços buscando legitimação na transformação da informação advinda da conexão direta de acesso imediato, instantâneo propiciada pela  evolução tecnológica. O limite físico do que caracterizava-se como espaço escolar dilui-se na mesma velocidade em que se processa o fluxo de informações através da rede mundial. Nesse sentido, aceitar ou resistir a determinado estado de coisas, são marcas que se equivalem na  revelação do pertencimento a uma cultura, a uma sociedade. Pensando na  forma como isso ocorre, a inserção da sociedade, da escola nessa cultura que se forma a partir ou para essa tecnologia, podemos prever mudanças nos modos de ensinar e aprender, trazidas pela virtualidade advinda da tecnologia que vem possibilitando novos ambientes cognitivos sem os limites  físicos do espaço escolar que denominamos de  Escola. Embora exista um certo estranhamento com esse novo é preciso buscar espaços de legitimação na educação que contemplem a multiplicidade advinda desta evolução tecnológica. O professor precisa reconhecer que não pode mais educar sobre estruturas estáveis. Torna-se urgente a discussão das relações que dêem conta não das tecnologias, mas das fragilidades de todos à sua implantação e utilização.